Mundo Novo recebe autorização para exportar melancia, melão e abóbora





Goiás é o segundo maior produtor nacional de melancia, segundo o IBGE. Autorização do Mapa abre novas oportunidades de negócios (Foto: Wenderson Araújo/CNA)


A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), e em parceria com produtores rurais e responsáveis técnicos, conseguiu obter do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa) a autorização para que Mundo Novo possa exportar cucurbitáceas, como melancia, melão e abóbora para Argentina, Paraguai e Uruguai.


A inclusão foi possível porque o município goiano foi oficialmente inserido no Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para a praga Anastrepha grandis, uma espécie de mosca-das-frutas que afeta cultivos de cucurbitáceas. Com o reconhecimento, produtores locais estão aptos a exportar frutos frescos para países que impõem restrições quarentenárias a essa praga.


Localizado na Região Norte do estado, Mundo Novo é o 18º município goiano a obter essa certificação, conferida pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa e oficializada pela Portaria nº 1.251/2025, publicada no Diário Oficial da União (DOU), em 28 de fevereiro de 2025.


Desde 2006, cidades de diferentes regiões do estado têm obtido o status, a começar por Uruana, Carmo do Rio Verde, Itapuranga e Jaraguá, importantes polos produtores de frutas.


Além desses, também possuem o reconhecimento:



  • Rio Verde,

  • Santa Helena,

  • Maurilândia,

  • Cristalina,

  • Ipameri,

  • Goianésia,

  • São Miguel do Araguaia,

  • Edealina,

  • Luziânia,

  • Nova Crixás,

  • Rubiataba,

  • Porangatu

  • e Jussara.



“O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, tem um papel fundamental no apoio aos fruticultores, auxiliando-os no cumprimento da legislação e das normas técnicas para viabilizar a exportação de frutos frescos de cucurbitáceas”, destaca o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.



Segundo Caixeta Ramos, a melancia, o melão e a abóbora têm grande relevância econômica para o Estado.


Procedimentos


Para que um município seja reconhecido no SMR, o produtor interessado deve realizar levantamentos fitossanitários em cultivos de cucurbitáceas por um período mínimo e ininterrupto de seis meses.


Esse processo deve ser acompanhado por um Responsável Técnico (RT) habilitado pela Agrodefesa. Com base nesses dados, a Agência elabora um projeto e encaminha ao Ministério da Agricultura solicitando o reconhecimento oficial.



“O trabalho da Agrodefesa abrange desde a orientação técnica, contendo os procedimentos fitossanitários necessários, até a preparação da documentação junto ao responsável técnico e elaboração de projeto, sujeitos a auditorias pelo Ministério da Agricultura para obtenção do reconhecimento no SMR, mediante publicação de portaria federal”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio.



Além de apoiar os produtores nesse processo, a Agrodefesa e o Mapa promovem cursos de capacitação para engenheiros agrônomos autônomos, visando sua habilitação para a emissão da Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) e da Certificação Fitossanitária de Origem Consolidada (CFOC) para a praga Anastrepha grandis em cucurbitáceas.


Melancia – Produção e exportação


De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, a produção nacional de melancia foi de aproximadamente 1.781.971 toneladas. Deste total, Goiás respondeu por 204.617 toneladas, consolidando-se como o segundo maior produtor do país, ficando atrás apenas da Bahia, que liderou com 230.006 toneladas.


No ranking dos exportadores, segundo o Agrostat do Mapa, Goiás ocupou a sétima posição em 2024, exportando US$ 270,1 mil e 3.843 toneladas da fruta para mercados internacionais. Os principais destinos da melancia goiana foram Paraguai, Uruguai e Argentina.


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