"Marcha da Maconha em Brasília: Manifestação pela Legalização e Contra a Criminalização"

Por: Kelven Junio

Neste domingo (26/5), Brasília será palco da Marcha da Maconha, evento que promete reunir aproximadamente 5 mil participantes em uma manifestação pela legalização da cannabis e contra a criminalização de seus usuários.

Com concentração programada para as 14h no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e saída planejada para as 16h20 em direção à Rodoviária do Plano Piloto, o movimento ganha destaque com o tema "A Força da Mulher Preta e Maconheira", buscando amplificar vozes marginalizadas e enfrentar a PEC das Drogas.

O mote escolhido para este ano não apenas reforça a demanda pela legalização da maconha, mas também evidencia a necessidade premente de combater o racismo sistêmico e a marginalização das mulheres negras na sociedade. Os organizadores da Marcha alertam para os impactos negativos da recente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/23 pelo Senado, que endurece as penas para o porte e posse de drogas, enxergando-a como um retrocesso que agrava problemas sociais já existentes.

"Essa mudança legislativa não resolve os principais problemas da atual Lei de Drogas, apenas intensifica o encarceramento em massa, o racismo, a criminalização da pobreza e a violência", destacam os organizadores, cujo objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a importância de repensar a abordagem às políticas de drogas.

A Marcha da Maconha do Distrito Federal é uma iniciativa sem fins lucrativos e que não promove o comércio de drogas. O cadastro na Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) garante a segurança do evento, com a presença policial garantida nas duas faixas de pista destinadas ao deslocamento da Marcha, além de uma faixa adicional para assegurar a integridade dos participantes.

O trajeto está planejado para seguir em direção à Rodoviária do Plano Piloto pela via N1, retornando ao ponto de partida pela via S1, com término previsto para as 20h. A Marcha da Maconha não apenas representa uma manifestação de resistência, mas também uma oportunidade para fomentar o diálogo e promover uma reflexão sobre políticas de drogas mais inclusivas e humanas.

Postar um comentário

0 Comentários