DF dobrará número de escolas cívico-militares após aprovação superior a 80% da comunidade escolar



Por: Kelven Andrade



O governador Ibaneis Rocha anunciou a ampliação do modelo de gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e Segurança Pública no Distrito Federal. Serão implementadas mais 25 escolas cívico-militares na rede pública, dobrando o número atual de unidades que seguem esse formato.



A decisão foi tomada após a realização de consultas públicas previstas na Lei de Gestão Democrática da Educação do DF. As reuniões reuniram, em média, 300 participantes por unidade — entre pais, alunos, professores e servidores — e registraram índice de aprovação superior a 80%. O maior percentual foi registrado no Centro de Ensino Fundamental 17 de Taguatinga, com 98,3% de aceitação.



Modelo bem-sucedido



O governador Ibaneis Rocha destacou os resultados alcançados desde a implementação do programa:



“É um orgulho muito grande ver essa parceria entre Educação e Segurança dando certo. Alunos que viviam em regiões de vulnerabilidade hoje estão passando em universidades federais e se destacando. É uma prova de que esse modelo, que muitos criticaram, é exitoso e serve de exemplo para todo o país”, afirmou.




As consultas públicas, previstas pela Lei de Gestão Democrática da Educação do DF, reuniram uma média de 300 pessoas por unidade, entre professores, pais, servidores e alunos com mais de 13 anos. O Centro de Ensino Fundamental 17 de Taguatinga obteve o índice mais alto de aprovação: 98,3%.





Estrutural: transformação concreta



Um dos exemplos mais marcantes da eficácia do modelo está no Centro Educacional 1 da Estrutural, região de alta vulnerabilidade social. A diretora Vanessa Nogueira relatou que a presença dos militares mudou a rotina da comunidade escolar:



“Nossa escola está em uma área de alta vulnerabilidade, e esse modelo de gestão compartilhada com a Polícia Militar fez toda a diferença. A unidade está 100% pacificada, e os estudantes agora têm acesso a oportunidades que antes eram impossíveis.”




A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, reforçou a mudança no cenário educacional:



“A escola da Estrutural tinha histórico de evasão e baixos índices de aprendizagem. Hoje, a comunidade abraçou o projeto, e há fila de pais querendo matricular seus filhos.”






Depoimentos de alunos



Estudantes também relatam melhorias no ambiente escolar, na convivência e no desempenho:



  • Maria Eduarda Dias, 13 anos:
    “Aprendi a ter responsabilidade e respeito. A escola ficou mais segura, e os policiais sempre conversam com a gente sobre bullying e convivência.”


  • Byanca Barros, 17 anos:
    “Quando entrei, era tudo bagunçado. Agora é diferente: aprendemos sobre postura, respeito e convivência. Melhorou muito o ambiente.”



Redução da criminalidade



Dados da Secretaria de Segurança Pública do DF apontam queda expressiva nos índices de violência na Estrutural desde 2018. Os homicídios caíram de 20 para 11 casos; os roubos a transeuntes, de 554 para 195; e os roubos em coletivos, de 178 para 23.



O secretário de Segurança, Sandro Avelar, ressaltou que os efeitos ultrapassam os muros da escola:



“A escola da Estrutural foi a primeira de gestão compartilhada e virou exemplo. Hoje temos alunos aprovados em universidades federais, inclusive em Medicina. É um modelo que une disciplina e aprendizado de qualidade.”




Expansão com foco social



O Governo do Distrito Federal afirma que a ampliação do programa não representará custos adicionais e priorizará regiões com maior vulnerabilidade social. Com a chegada das novas 25 unidades, a capital consolida-se como referência nacional na educação cívico-militar, aliando segurança, cidadania e desempenho educacional.




https://jornalismodigitaldf.com.br/df-dobrara-numero-de-escolas-civico-militares-apos-aprovacao-superior-a-80-da-comunidade-escolar/?fsp_sid=212950

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